terça-feira, 4 de novembro de 2008

Os Desafios em Adaptar “A vida como ela é...”


Atirar a primeira e todas as pedras na medula do abismo humano. Esse foi um dos maiores desafios em adaptar contos de “A vida como ela é...”. As palavras “farpadas” de Nelson Rodrigues, esse autor, que para mim é o poeta dos abismos, fascinaram-me.

Ao lado da professora Cleise Mendes e com o grande apoio do diretor Luiz Marfuz, fui oportunizado a mergulhar e não emergir desse universo conhecido, mas, muitas vezes, posto debaixo do tapete, que é o instinto humano.

Felizmente, deixando seus personagens em carne viva pude, com muita Curiosidade, ser conduzido ao Altar da Morte, experimentar um Sacrilégio saboroso e assim, pôr em “Cheque” o amor ao teatro. Essa arte decepante e arrebatadora.

É hora de rasgar o verbo, arrancar todas as máscaras, expor os monstros, despir a alma, pois a carne viva de nossos corpos estará exposta a tudo e a todos.

Por Fernando Santana

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